Assassinatos motivados pela intolerância religiosa têm se tornado
cada vez mais recorrentes nos noticiários. Um dos últimos casos
noticiados aconteceu no dia 21 de setembro, quando uma milícia radical
promoveu um violento ataque a um centro comercial de Nairóbi, capital do
Quênia. Pelo menos 72 pessoas foram mortas.
O professor de Relações Internacionais Danny Zahreddiene explica que a
variável principal sobre a qual se baseia esse tipo de conflito não é a
religião em si. “A religião é variável interveniente, aquela que
interfere e que torna o conflito muito pior, porque você começa a
transformar um conflito que poderia ser resolvido num âmbito político em
algo difícil de ser resolvido, porque aí é uma questão de crença, de
valor”, afirma Zahreddiene.
O professor explica, ainda, que ataques com motivações aparentemente
religiosas não são “privilégio” de regiões específicas do globo, como o
Oriente Médio. “Nós temos países muito avançados do ponto de vista do
desenvolvimento humano, do desenvolvimento econômico, mas que vivenciam,
violentamente, a discriminação religiosa”, explica. Zahreddiene usa a
Irlanda como exemplo, onde o conflito entre protestantes e católicos
“chega a níveis inaceitáveis”.
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